
Taxa das Blusinhas: Qual o impacto no varejo nacional?
Desde o dia 1º de abril de 2025, quem costuma fazer compras internacionais de até 50 dólares já sentiu a diferença no bolso. Isso porque dez estados brasileiros começaram a aplicar uma nova alíquota de ICMS sobre esses produtos, subindo o imposto estadual de 17% para 20%. Como resultado, a medida ficou conhecida popularmente como “taxa das blusinhas”, em referência aos itens de vestuário baratos muito procurados em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress.
A mudança, aprovada pelo Conselho Nacional dos Secretários de Fazenda (Consefaz), vai além de apenas aumentar impostos: ela busca criar um equilíbrio entre o varejo nacional e os gigantes do comércio eletrônico internacional, que até então se beneficiavam de brechas tributárias para oferecer preços muito abaixo do mercado brasileiro.
O efeito imediato: menos compras internacionais, mais espaço para o varejo nacional
Com a nova tributação estadual somada aos 20% do imposto de importação federal, vigente desde agosto de 2024, o consumidor está repensando seus hábitos de compra. Consequentemente, o resultado é uma queda nas importações de pequenos valores e um aquecimento no comércio local. Para muitos lojistas brasileiros, essa pode ser a chance de ouro para reconquistar clientes perdidos nos últimos anos.
Uma nova fase para o comércio brasileiro
A elevação do ICMS sobre compras internacionais de até 50 dólares marca uma virada no jogo. Dessa forma, o consumidor começa a olhar com mais atenção para o mercado interno e, simultaneamente, o empreendedor nacional ganha a chance de mostrar que pode competir — não apenas no preço, mas também em qualidade, confiança e proximidade.
Em tempos de mudanças rápidas, adaptar-se é o novo diferencial. Por isso, o varejo brasileiro está diante de um novo capítulo — e os próximos meses dirão quem vai apenas sobreviver e quem vai realmente crescer.
O desafio agora é se reinventar
A nova realidade imposta pela “taxa das blusinhas” exige mais do que apenas presença no mercado. Varejistas brasileiros precisam investir em transformação digital, aprimorar a logística e entregar uma experiência de compra mais fluida e personalizada.
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